7 estratégias essenciais para a área de TI em empresas competitivas

Processo é um desafio constante, mas essencial para as empresas que desejam permanecer competitivas. 

Nos últimos anos, a área de Tecnologia da Informação (TI) passou por transformações significativas. À medida que as empresas abraçam a transformação digital, os Chief Information Officers (CIOs) e suas equipes ganharam mais poder e prestígio, resultando em orçamentos maiores e maior envolvimento na estratégia empresarial. No entanto, muitos departamentos de tecnologia ainda lutam para se adaptar e atender às crescentes demandas.

Neste artigo, exploraremos estratégias fundamentais para transformar a área e garantir o sucesso digital.

A realidade da transformação digital

Uma pesquisa recente revelou que apenas 8% das empresas estão adotando uma estratégia de “Total Enterprise Reinvention”, enquanto 86% são consideradas “transformadoras”. Essas últimas abordam a transformação como um programa finito, em vez de um processo contínuo. Muitas delas buscam melhorar seu desempenho, com 43% dos transformadores desejando aprimorar sua estratégia.

A transformação digital não se resume apenas a adotar tecnologias de ponta, mas também a reformular a forma como a TI opera, expande e evolui para atender às expectativas da organização. Vamos explorar estratégias fundamentais para alcançar esse objetivo.

1. Cliente no centro

Melhorar a experiência do cliente é um objetivo central da transformação digital. Empresas que priorizam a experiência do cliente podem aumentar suas vendas em mais de 7% e a lucratividade entre 1% e 2%, de acordo com a consultoria McKinsey. No entanto, muitos departamentos de tecnologia permanecem focados em fornecer requisitos de produto, em vez de resultados para o cliente. É fundamental adotar uma mentalidade centrada no cliente, que envolva todos os stakeholders, identifique os verdadeiros clientes e busque soluções que agreguem valor a eles.

Além disso, criar processos e políticas que proporcionem à TI uma visão completa da jornada do cliente e definir indicadores de desempenho focados no cliente são práticas essenciais. Isso requer colaboração entre todas as funções de negócios, quebrando os silos operacionais e adotando metodologias ágeis.

2. Faça a migração para nuvem corretamente

A migração para a nuvem é uma parte crucial da transformação digital, mas muitas vezes é mal executada. A estratégia de “lift-and-shift,” que envolve a simples transferência de aplicativos legados para a nuvem, muitas vezes não resulta em desempenho ideal e pode levar a custos elevados. É essencial refatorar aplicativos para otimização e escalabilidade. Incorporar práticas de FinOps na estratégia de nuvem ajuda a gerenciar os custos e alinhar os investimentos na nuvem com os objetivos de negócios.

3. Crie equipes de inovação

As equipes estão se afastando do modelo tradicional de serviços compartilhados e colaborando mais estreitamente com as linhas de negócios. Isso resulta em um direcionamento maior de orçamentos para inovação em TI, com foco tanto na otimização de custos quanto na inovação digital.

É importante buscar soluções que se alinhem com a geração de receitas e aproveitar tecnologias, automação e Inteligência Artificial (IA) para atender às necessidades empresariais. Incentivar toda a equipe a aprender novas tecnologias e ultrapassar limites é fundamental.

“A parte mais difícil é a aposta inicial. Por isso que eu brinco que você precisa ter um ‘budgetzinho’, alguma coisa para você experimentar. Porque se não, você não traz isso (mentalidade inovadora) para dentro de casa. E na BASF nós temos essa cultura de experimentação, sempre esteve muito voltada para o laboratório e agora esse pensamento está no marketing, em vendas…”, destaca Wagner Kool Monteiro, Head de Transformação Digital na BASF América do Sul.

4. Mude a perspectiva da TI sobre si mesma

Para impulsionar a transformação contínua, os times devem se ver como inovadores que usam a tecnologia para impulsionar o sucesso empresarial. É essencial mostrar como o desempenho da tecnologia afeta as métricas de negócios, como a retenção de clientes, e estabelecer metas anuais para avaliar o impacto do trabalho de TI nas metas da organização. “Nós transcendemos essas barreiras do time e buscamos entender o negócio do cliente”, Vitor Puggina, Head de Agilidade e Projetos na GO-K.

5. Mentalidade de startup

A TI deve abandonar grandes empreendimentos em favor de equipes menores e ágeis, semelhantes às startups. Equipes menores tendem a tomar decisões mais rápidas e possuem uma camaradagem que gera resultados. A agilidade é fundamental na era digital, onde os mercados evoluem rapidamente.

6. Adote metodologias ágeis

A adoção de metodologias ágeis é fundamental para que a equipe responda rapidamente às demandas do mercado. No entanto, muitas organizações ainda não completaram essa transição. É crucial fornecer treinamento e ferramentas para que as equipes trabalhem de forma ágil e educar sobre o seu papel nesse processo.

“A transformação digital não é somente digitalizar as coisas. Hoje a gente trabalha a agilidade, ela está dentro ali de tecnologia com a parte de e-commerce. Mas, cada vez mais, dado até os desafios da compania, a gente tem chamado algumas áreas de negócios potencialmente para trabalhar dentro desse modelo, justamente para começar a expandir e cada vez mais voltar para o princípio de conseguir ganhar mais velocidade fazendo as entregas”, comenta Wendel Bitencourt, Gerente de Tecnologia e Transformação Digital do Grupo Pão de Açúcar.

7. Abordagem baseada em produto

A mudança da entrega baseada em projetos para uma abordagem baseada em produtos é uma tendência crescente. As equipes de TI devem ser organizadas em torno de produtos tecnológicos específicos, e o sucesso deve ser medido com base na satisfação das necessidades de negócios, em vez das métricas tradicionais.

Esse é um processo contínuo que requer flexibilidade, inovação e uma abordagem centrada no cliente. É um desafio constante, mas essencial para as empresas que desejam permanecer competitivas. 

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