Inovação Aberta: Um Modelo de Colaboração para Impulsionar o Sucesso Empresarial

A inovação aberta tem se destacado como uma tendência mundial no ambiente empresarial. Segundo levantamento da 100 Open Startups, o número de contratos de Inovação Aberta cresceu 96% nos últimos anos, saltando de 1.968 em 2020 para 3.334 em 2021.

Esse modelo colaborativo de desenvolvimento representa uma quebra de padrão, onde empresas adotam uma postura mais aberta e participativa na busca por inovação.

O conceito de inovação aberta foi introduzido por Henry Chesbrough, professor da Universidade de Berkeley, que apresentou uma abordagem mais distribuída entre as partes interessadas, sendo mais participativa e descentralizada. Nessa perspectiva, o conhecimento útil está amplamente distribuído. Nenhuma empresa, por mais capaz ou grande que seja, poderia inovar de forma eficaz por conta própria.

A inovação aberta representa uma transformação no mindset de muitos empreendedores, pois envolve o uso de recursos externos, como tecnologia e parcerias com startups e universidades, ao mesmo tempo em que a empresa disponibiliza suas próprias soluções para outras organizações, contribuindo com o ecossistema de inovação.

Existem diferentes maneiras de uma empresa aplicar a inovação aberta. Conheça os três tipos de implementação desse modelo de gestão do conhecimento:

Inbound: Nesse modelo, a empresa busca ativamente conhecimento ou tecnologia externa, especializada em soluções que possam aprimorar seus processos internos. Muitos acordos seguem essa diretriz, como quando uma organização se associa a uma universidade, uma startup, uma incubadora ou um think tank para desenvolver serviços específicos a serem integrados ao seu negócio. A empresa é receptora do conhecimento externo, visando alavancar sua própria inovação.

Outbound: Oposto ao modelo acima, o outbound desenvolve internamente uma solução inovadora e a transfere para outra organização por meio de parcerias estratégicas. Nesse cenário, a empresa gera receita ao comercializar sua propriedade intelectual, como por meio de concessões de patentes e licenças. É uma abordagem na qual a empresa atua como provedora de inovação, colaborando com outras entidades para impulsionar o progresso tecnológico e econômico.

Coupled: Este modelo representa uma união dos dois anteriores. Nele, a empresa adota uma abordagem híbrida, combinando a busca por novas ideias e tecnologias em parceria com terceiros, enquanto também contribui, de alguma forma, com suas próprias inovações. É como um casamento estratégico, em que cada parte colabora com seus pontos fortes na busca de soluções que beneficiem ambas as partes. A colaboração é bidirecional, visando não apenas receber, mas também contribuir para o desenvolvimento conjunto de soluções inovadoras e lucrativas.

Essas abordagens traz diversos benefícios para as empresas, como a redução no tempo e custos para desenvolvimento e comercialização de soluções inovadoras, além da criação de novos fluxos de receita. Ao aproveitar o conhecimento e recursos externos, a empresa pode acelerar o processo de inovação, gerando uma vantagem competitiva e impedindo que seu negócio seja rapidamente ultrapassado pela concorrência.

Principais vantagens:

  • Abertura para Novas Oportunidades: Estabelecer parcerias com colaboradores, startups e empresas externas proporciona uma perspectiva mais abrangente do negócio, provocando uma inovação verdadeiramente disruptiva.
  • Aceleração na Implementação das Inovações: Compartilhar conhecimento e tecnologia com outros agentes acelera os processos, evitando sobrecarga e promovendo uma implementação mais rápida das inovações.
  • Redução de Riscos e Custos: Delegar a geração de inovação por meio de parcerias tende a ser mais econômico e menos arriscado do que assumir essa responsabilidade internamente, já que contribuições externas ajudam a reduzir esses fatores.
  • Aumento do ROI (Retorno sobre o Investimento): A soma das vantagens anteriores resulta em um ROI superior, pois a implementação de inovações de forma eficiente, rápida, econômica e segura aumenta as chances de lucro.
  • Valorização das Propriedades Intelectuais: A inovação aberta reconhece e valoriza o conhecimento, incentivando o desenvolvimento e o reconhecimento das propriedades intelectuais envolvidas.
  • Networking: A interação com especialistas de diversos setores amplia a rede de contatos da empresa, fortalecendo parcerias que abrem portas para oportunidades futuras.

A implementação da inovação aberta não é uma tarefa simples. Alguns desafios comuns incluem a necessidade de estimular a coletividade, promover uma hierarquia horizontal e criar uma cultura que valorize a inovação aberta. Além disso, é importante que a empresa saiba escutar e realizar brainstorms eficientes para aproveitar ao máximo os benefícios dessa abordagem.

Apesar dos desafios, a inovação aberta tem se mostrado uma estratégia eficaz para empresas que buscam se manter competitivas em um mercado cada vez mais dinâmico e exigente. Ao adotar esse modelo, as organizações podem impulsionar seu sucesso, quebrando padrões e se destacando no cenário empresarial.

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Bruna Risso — Conteúdo GOK

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